Assim nascem os textos... Sem avisar... Bater na porta, ou mandar recados... Não se mostram, apenas chegam, e chegando não findam... São perenes, reais e eternos...

Por: Beth Brito

terça-feira, abril 14, 2009


“Não tinha que ser pra ontem...

Mas que tivesse sido pra sempre”

O título pode parecer um ensaio sobre a “frustração”, ou melhor ainda, sobre a “desilusão”... Dramas de amor... Não, não... É apenas uma simples resposta... A segunda frase é a resposta que te dou através deste texto... Apenas mais um que te escrevo... Mais um que podes até achar “lindo” ou “admirar minha sensibilidade”, ou ainda analisar a construção... Enfim, a segunda frase é uma resposta à primeira, a sua! Talvez pensavas que te queria pra “ontem”, mas na verdade teus olhos não te deixaram ver que te queria mesmo pra sempre... Pois é, não sei se o verbo “queria” pode ficar no contexto em pretérito imperfeito... Melhor seria vê-lo no presente, mas... Como o título está nos dois pretéritos imperfeitos... Não fujamos às regras... A regra é: “Silenciar”! Sim, e no infinitivo... No infinitivo não se sabe onde, quando e como vai parar... se vai acabar ou durar para sempre... “Silenciar” é a regra, talvez a melhor pra você... É a regra dos “fortes”, dos “alto-suficientes” dos “inabaláveis”, ou até dos que “nunca choram uma saudade”... Enquanto silencias daí, te escrevo daqui... Sim! Claro! Escrevo! Já que não me ouves nem me vedes... Lerás!
É que há alguns minutos em minhas pesquisas, li um texto do Vinícius e outro do Drumonnd... O Vinícius proclamava: “Procura-se um amigo”, cá no texto eu não proclamo, mas ofereço: “Ao meu amor procurado”!
Boba eu? Talvez! Se não escrever sufoco! Não quero te culpar por minha morte em asfixia! Drama? Nada! Apenas desabafo... Escrever é diferente de falar, as vezes não penso ao falar, falo coisas sem pensar e sempre dá nisso! Por isso estou escrevendo, esse exercício me faz pensar, além de aprender mais a gramática... E talvez não tivesse coragem de te falar olhando nos olhos tudo isso... Por isso escrevo... Mas prometo que esse texto não sairá num livro... A não ser que bata nas mãos de um crítico e ache isto uma “obra de arte”! Outra não, por favor!

“Ao Meu Amor Procurado”...

...É um homem sim... Mas não bastava ser homem... Basta ser humano, ter sentimentos... Ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo ouvir... Mas jamais “Silenciar”... Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaros, de sol, da lua, do canto, dos ventos... – ah os ventos na beira mar... O mar me lembra você... Canções me lembram você... A brisa... – Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor... – Falta que sentias antes do meu aparecer-... Deve guardar segredos sem se sacrificar... – eu não me sacrifiquei ao guardar o nosso-... Não é preciso que seja de primeira mão... – acho que o meu foi de segunda -... Pode já ter sido enganado, pois todos já foram um dia... Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar... Deve ter um ideal e medo de perdê-lo... –tive tanto medo que acabei por perder-... No caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa... – teu “silenciar” me deixou nesse vácuo-... Seu principal objetivo deve ser o de Amigo... – assim foi que começamos, mas que me tiraste-... Deve-se gostar dos mesmos gostos, e que se comova quando chamado de Amor... –nossos gostos quase iguais, lembranças-... Que saiba conversar de coisas simples sem se importar com as horas que passam... –sim, quase nunca nos importamos com elas, passavam e nem sentíamos-... Precisa-se de um Amor, para não se enlouquecer... Para contar o que se viu durante o dia, dos sonhos, dos planos, da realidade... Deve-se gostar de ruas, de poças d’água, de beira mar, de areia da praia pra se deitar sem nem pensar no sal... Precisa-se de um amor que diga: Vale a pena viver! Não por que a vida é bela, mas porque já se tem um Amor... Tendo a consciência de que ainda se vive... e ainda vivo, não a procura, mas em busca de desfazer “silenciados” e viver esse amor que meu “procurado”... Não pra “ontem”, mas pra “sempre”...


De: Beth Brito
Para: um E.T ...


“Nosso maior carma é agir”... Não sabemos agir... A vida é uma só, e deixamos de viver por medo de trabalhar firme na ação... Que pena...

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Um comentário:

  1. Beth, muito ótimo suas escritas e o qu8e vc escreve demonstra uma ternura invejável, parabens, sou grato também em conhecer vc, bjs, tudo de bom

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