Assim nascem os textos... Sem avisar... Bater na porta, ou mandar recados... Não se mostram, apenas chegam, e chegando não findam... São perenes, reais e eternos...

Por: Beth Brito

domingo, dezembro 19, 2010

O novo rio antigo




Num sincero sentimento mergulhei
Mas cansados, alguns sonhos naufragaram,
De tudo a que eu me dediquei
Só tenho as ilusões que ficaram,

As máscaras descascaram no tempo
E foram do teu rosto arrancadas,
E da minha insistência sem sentido
Veio a fome insatisfeita que senti
E era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido,

Meus olhos, se perderam num rio
E outrora foram destuídos,
Recordo um desejo vazio
Quando releio versos antigos,

Não entendo por que razão
Nas ondas do meu peito o vento passa,
Sem ao menos ter sentido a graça
Do mais leve sinal das tuas mãos.

Beth Brito
2010

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