Assim nascem os textos... Sem avisar... Bater na porta, ou mandar recados... Não se mostram, apenas chegam, e chegando não findam... São perenes, reais e eternos...

Por: Beth Brito

quinta-feira, abril 09, 2009



“O Pierrô e o Arlequim”

Um Pierrô solitário
Queria se apaixonar
Mas perdido em desencanto
Foi pra Olinda frevar...

Em passos tumultuados
Nas ladeiras sem fim
Procura um bem querer,
Mas não quer uma menina
Não suporta Colombina,
Quer mesmo um Arlequim...

Com o Pierrô aconteceu assim...

Em janeiro ficou marcado
Olinda era a previsão,
Verão ensolarado
Batidas de percussão...

Dois meses se sucedeu,
O encontro aconteceu
O Pierrô achou o que não perdeu:
O Alerquim!

De início, ficaram assim:

De Santa para Recife
Kilômetros, pois acredite
Vale tudo
E o que mais vale?
Os Olhos verdes do Arlequim...

Arlequim também quer amar,
E jogar fora a solidão
Dos encontros inesperados
Há de vir uma paixão,
Dois meninos que querem amar
E não brincar de bem-me-quer,
O Pierrô hoje sente
O que nunca sentiu num abraço qualquer...

O Pierrô hoje vibra ao encontro do Arlequim
São livres e vivem a vida
Sem nem pensar no fim,

O Pierrô só quer viver
E não troca em nenhum momento
Os Olhos do seu bem querer...

Entre frevos, idas e vindas
As estradas vão os ligando
Da capital pra o interior
Essa rota vai os guiando
E Pierrô manda um recado:
Arlequim, não chore!
Pois já estou chegando.



De Beth Brito - 2009

Para Um AMIGO PIERRÔ muito especial!

Te amooooooooo!!!

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