Giro a torneira... Derramo as letras
No chão resseco, a água é você...
Na distância, na demora, na ausência
No tempo...
De pés na areia fina e úmida que refresca,
Eu sei que deveria ter deixado nas ondas que molharam os meus pés...
Secou quase tudo,
Olhos, boca e o oceano que existiu,
E muitas vezes, dei um jeito de me consolar
E nada mais...
Guardando em mim aquelas águas...
Hoje, demoradamente, de quando em vez
Caíram algumas letras,
Eis aqui derramadas no chão resseco:
Nessa estrada, o vazio de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário