
Passa o trem em meio a massa
Quanta gente! Quanta raça!
olhos claros, escuros, puxados
Particularidades em seus traços
Passa o sambista chinês
Frevando com o sorriso largo,
Lá vem o índio português
Tropeçando com seu passo em falso
E quem disse que o gingado afro
Não se encontra em terras distintas?
Onde axé, frevo e cangaço
Se misturam numa mesma esquina
Rostos mil na cidade
Desperta, cativa, ilumina
Eis aqui, eu, mais um palhaço
Com papel, lápis e rima
A escrever vermelhas frases
A ludibriar a noite,
E a cidade em babilônia
Vive o gozo do cruel açoite...
Beth Brito
2009
Filha,
ResponderExcluirTeus textos mexem com tudo... nervos, corrente sanguínea; razão e emoção...realidade nua, escancarando o panorâmico vel dos olhos de quem não ver um palmo diante o nariz... Que texto forte. Muito muito muito bom mesmooooo.lembrei-me de uma música:
"A gente trabalha
O ano inteiro
por um momento de sonho
pra fazer a fantasia
de rei, de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta feira"...
Te amo minha filha.
Frederico basan
Muuuuuuuuuiitoo bommmmmmm...
ResponderExcluirSaudade de te ver!
òsculos e amplexos.